segunda-feira, 5 de março de 2012

Na esquina


Eu tinha somente seis anos. Mas foi paixão à primeira vista – ou melhor, à primeira ouvida. No auge do sucesso, o som irreverente dos  Mamonas Assassinas me encantou. As piadas e as frases de duplo sentido, tudo bem, só fui entender muito tempo depois, mas estou certo de que meu subconsciente infantil logo compreendeu o valor daquele conjunto que arrebatou o Brasil de ponta a ponta. Foi minha porta de entrada para o rock. Obrigado, Mamonas.
Dezesseis anos se passaram. Hoje, aos 22, no último ano da faculdade, posso dizer que música e Jornalismo são duas grandes paixões. Aliás, enquanto dou os primeiros passos na profissão, também brinco de ser músico. Sou baixista. Ou melhor: tento ser. Já toquei em duas bandas, sempre ao lado de amigos. Enfrentamos as mais adversas condições: um dia, tocávamos para uma plateia de 600 pessoas; em outro, o público não passava de meia dúzia de cabeças, isso sem falar dos choques e daquela microfonia sem fim. Faz parte.
A experiência me influenciou a criar este blog. Aqui, quero unir o útil ao agradável – o jornalismo à música – para fazer um mergulho no mundo do rock underground – aquele que passa bem longe do rádio e das telas da televisão. Afinal, nem sempre é preciso ir muito longe para encontrar ótimas bandas tocando o bom e velho rock’n roll, seja qual for a vertente. Os futuros Mamonas Assassinas – se é que isto é possível – podem estar quebrando tudo em pequenos palcos, garagens ou porões. Podem estar ali, muito perto, bem na nossa esquina. Basta abrir os ouvidos.
Bom dia!